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Identidade, Nacionalismo e a Proposta para o Renascimento Cultural


Existe alguma relação entre identidade cultural de fato, “orgânica”, por assim dizer, e identidade nacional? Uma pergunta melhor talvez devesse ser: há alguma diferença? Pode existir uma nação sem identidade cultural?

As massas infectadas pelo veneno da mídia, do relativismo cultural, daquilo que Theodore Kaczynski chama de “esquerdismo moderno”, vítimas da “sobressocialização” (outro termo de Theodore Kaczynski), repetem a mesma fórmula anti-nacionalista e internacionalista que “nações são apenas linhas em um mapa”. Infelizmente, no caso de algumas nações, isso é correto: nações que não possuem identidade alguma não são nações, são outra coisa. Podemos citar aqui as várias fronteiras sintéticas que existem na África, aonde várias “identidades” ali são forçadas a conviverem juntas, levando a conflitos e violência (motivo, aliás, prontamente citado pelas massas supracitadas quando buscam apontar os “malvados europeus colonizadores” como culpados pela violência na África, logo após essa mesma massa falar em prol de “coexistir” com as diferenças na Europa – nos referimos aqui à crescente população de árabes e africanos na Europa, de maioria islâmica). Em princípio, no entanto, essa noção popular anti-nacionalista não está correta, pois uma nação não é apenas uma linha arbitrária em um mapa. Não é, em absoluto, o corpo administrativo e jurídico de um Estado. É sim o conjunto de povo, cultura, língua, costumes e um espaço geográfico. Pode-se dizer que certas “nações” que existiram no passado não eram de fato nações por não reunirem essas características, por exemplo, o Sacro Império Romano-Germânico era mais uma “ideia” do que uma nação orgânica. Também fora Portugal uma ideia, tendo fundação ocasional, que mesmo assim conseguiu reunir uma parcela de povo, língua, cultura, costumes, etc; para atribuir a si o título de nação.

Nação é nada mais do que o povo - o Volk - seu direito na natureza está acima do direito de existência de qualquer Estado. Um Estado pode muito bem abraçar mais de um povo, ou não abraçar um povo inteiro, mas o mais correto, para um idealista nacionalista, seria lutar para que cada povo tenha sua representação nacional própria; ou que tais povos concordassem mutuamente em viver dentro de tal Estado. O Império Romano, o Império Persa e a expansão da Macedônia sob Alexandre, todos toleravam muito os costumes dos povos que dominavam, havia uma autonomia dentro do Império, porém tais experimentos sempre levam à corrupção da cultura. Eventuais elementos incorporados à uma cultura pode enriquecê-la, por um ponto de vista, mas em todo caso, nos nossos tempos “líquidos”, como diria Zygmunt Bauman, devemos preservar as culturas a todo custo. De todo modo, dificilmente iria “enriquecê-la” sem, ao mesmo tempo, deformá-la de sua essência. Não há como haver uma troca sadia de cultura no ocidente e isso é deveras preocupante: uma cultura que não pode assimilar diferentes aspectos de forma benéfica está fadada a cair, como é o caso da aclamada decadência do ocidente. No entanto, existe sim um meio de se reverter isso. De tornar as várias identidades culturais fortes novamente. Essa é a via do identitarismo, a proposta levantada e defendida pela Legião Identitária e pela Génération Identitaire, no exterior. Apenas com um renascimento cultural pode-se ter esperança de salvar o que resta do ocidente, que hoje é uma sombra de si mesmo. Isso se faz apenas através de uma mudança na mentalidade do povo, e isso, por sua vez, só pode ser feito através do choque. São as revoluções silenciosas as mais permanentes.

Esse é o nosso momento: a imigração em massa na Europa, o levante do Estado Islâmico, a instabilidade política, tudo traz novamente os ventos da mudança à velha Europa, seja no antigo mundo, ou nas Américas, pois somos um povo, unidos pelo sangue e pela cultura. Novamente todos europeus espalhados pelo mundo sentem a necessidade de discutir isso. Esse é o nosso momento de discutir o futuro da identidade europeia, do futuro de nossa cultura, e o que faremos para salvá-la, ou se escolheremos deixar que tudo que somos desapareça com o tempo.

 
Germânia, de Philipp Veit


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