A Crítica da Modernidade de D. H. Lawrence - por Derek Hawthorne
- Traduzido por Klaus P.
- 6 de mar. de 2017
- 12 min de leitura
Todo o corpus da escrita de D.H. Lawrence é dedicado a abordar o problema da vida no mundo moderno, e sua visão da modernidade era extraordinariamente negativa: “Não podemos criar nada além do materialismo: mecanismo, a própria alma do materialismo”. Considera a seguinte imagem impressionante que Lawrence nos fornece em seu ensaio “The Novel and the Feelings”:
"Supondo que todos os cavalos fossem de repente libertados, o que fariam? Eles correriam à solta selvagemente. Mas supondo que fossem deixados ainda fechados em seus campos, prados, currais, estábulos, o que fariam? Eles ficariam loucos. E essa é precisamente a situação do homem. Ele é domado. Não há nenhum indomado selvagem para dar os comandos e a direção. No entanto, ele está encarcerado em todas as suas cercas de arame farpado. Ele só pode ficar louco, degenerado."
De acordo com Lawrence, criamos um mundo humano para nós mesmos: um mundo de concreto e ideias, e excluímos a natureza. O que significa dizer que nos tornamos “domados”? Isso significa que perdemos nossa selvageria; nossa conexão com o eu natural, ou o verdadeiro inconsciente. Temos “encurralado” a nós mesmos; encarcerados voluntariamente neste mundo manso, humano, “ideal”. Quando Lawrence observa que não há “indomados para dar os comandos e a direção”, ele quer dizer que perdemos o contato com o verdadeiro inconsciente, a fonte indomada dentro de nós, da qual o “homem natural” desenha sua orientação. Nós só podemos ficar loucos – no sentido de que perdemos nosso controle sobre a realidade, nossa orientação para o universo superior. Nós nos tornamos degenerados perdendo tudo que é grande na vida, todas as aspirações, todos os espíritos, e nos tornamos o “Último Homem” de Nietzsche: uma criatura cujas preocupações nunca ultrapassam o nível do conforto, segurança e que vive de distração a distração, tentando nunca refletir sobre o vazio dentro dele.
Embora tudo isso, nos tranquilizamos com o pensamento de que o “progresso” está sendo feito. Lawrence oferece a seguinte descrição sarcástica do progresso moderno em Fantasia do Inconsciente:
“Em frente, soldados cristãos, em direção ao grande terminal onde as garrafas de leite esterilizado para os bebês são entregues nas janelas do quarto por aviões silenciosos cada manhã, onde a ciência da odontologia é tão perfeita que os dentes são implantados na boca de um homem sem ele saber, onde o sono do crepúsculo é tão silencioso que toda mulher anseia por seu próximo confinamento, e onde ninguém nunca tem que fazer nada, exceto girar o punho de vez em quando em um espírito de amor universal” – esse é o futuro da raça inglesa."
Grande parte da critica de Lawrence à modernidade é simplesmente dedicada a apontar a loucura de nossa devoção aos ideais abstratos. Mas Lawrence não era apenas um gadfly (uma pessoa que estimula ou irrita especialmente pela crítica persistente) – ele era um revolucionário (literário). Ele acreditava que a ordem social existente não era recuperável e que ela teria que ser completamente destruída:
"Não adianta tentar apenas modificar as formas presentes. Toda a grande forma de nossa era terá que ser destruída. E nada vai realmente destruí-la, a não ser os novos brotos de vida surgindo e estourando lentamente as fundações. E ninguém pode fazer nada além de lutar com unhas e dentes para prevenir que os novos brotos da vida de serem esmagados, deixando-os crescer. Nós não podemos criar a vida. Só podemos lutar pela vida que cresce em nós."
Para entender completamente a critica de Lawrence à modernidade, é preciso entender como ele acredita que a modernidade surgiu. Em várias de suas obras, Lawrence tenta elaborar uma filosofia da historia que ilumine os mecanismos da mudança histórica. Em Movimentos na História da Europa (1919) e outros lugares Lawrence desenvolve uma teoria da história baseada em uma metafísica derivada de Empédocles. Os princípios gêmeos que governam toda a vida humana e toda a história humana são, segundo Empédocles e Lawrence, Amor e Conflito. As forças são, respectivamente, atrativas e repulsivas. A primeira tende para a unidade, a segunda para a desintegração ou a separação. Na linguagem que Lawrence emprega, as vidas dos seres humanos são governadas por impulsos “simpáticos” e “voluntários”, tanto a nível individual como global. No ocidente moderno, devido principalmente à influência do cristianismo, houve uma ênfase excessiva no elemento simpático, unitivo e “feminino”. Quando um desequilíbrio nas duas forças ocorre, seja uma psique individual ou na história, uma oscilação para o outro pólo ocorrerá. Assim, os indivíduos modernos oscilaram para o pólo voluntário. Ironicamente, entretanto, eles liberaram sua obstinada agressividade através da devoção fanática a uma versão secularizada dos ideais implícitos no cristianismo “compreensivo”: a liberdade, a igualdade, a fraternidade, e o mais pernicioso de todos, o amor universal.
Em Apocalipse, muita do qual é dedicado a uma critica dos valores cristãos, Lawrence se refere a Lênin, Abraham Lincoln e Woodrom Wilson como “santos do mal.” Estes são homens que visam promover os ideais “nobres” da modernidade, independentemente do custo em vidas humanas. Ele nos diz em outro lugar que “o que arruinou a Europa, mas especialmente o norte da Europa, é esta “ideia pura”. Para Deus o "Ideal" nunca havia sido inventado. Mas agora tem suas garras em nós, e temos que lutar para nos libertar. A besta que temos que combater e matar é o ideal. É o verme, a serpente suja de nossa época, em cujas espiral somos estrangulados.”
A secularização dos ideais cristãos e sua transformação em “ismos” como o socialismo, o comunismo, o liberalismo e o multiculturalismo, é uma manifestação de um processo mais profundo. É o processo pelo qual o intelecto vem para usurpar tudo na alma. A mitologia complexa e muitas vezes bela do judaísmo e do cristianismo, que opera a um nível visceral é substituída por ideologias abstratas de homens como Hegel e Marx. Isso simplesmente reflete a mudança moderna do “pensamento mitopoético” para uma forma de racionalismo que procura acabar com o mito e tornar tudo explícito e transparente por meio do “conceito”. Lawrence entende essa mudança cultural em termos fisiológicos atuais, como uma mudança de vida vivida em contato com os “centros inferiores” do corpo, em vez de uma que opera exclusivamente a partir dos “centros superiores”. (Ele também compreende as forças supracitadas "simpático" e "voluntárias" fundamentadas na fisiologia humana.)
Lawrence afirma em Fantasia “Temos quase envenenado a massa da humanidade até a morte com compreensão. O período de morte real e de extermínio racial não está longe”. No entanto, sob nosso intelectualismo e devoção aos ideais, nos recessos mais profundos do corpo, nada mudou. Lawrence escreve: “O que realmente atormenta as pessoas civilizadas é que elas estão cheias de sentimentos de que nada sabem; elas não podem realizá-los, elas não podem cumpri-los, eles não podem viver-los.” Esses sentimentos podem ser sexuais. Podem ser sentimentos morais, tais como sentimentos arcaicos do senso de honra. Ou podem ser religiosos: um forte desejo incipiente pelos deuses perdidos. A sociedade moderna não nos da nenhuma maneira de dar sentido a muitos desses sentimentos, especialmente os religiosos. E outros condenam positivamente. No entanto, os sentimentos permanecem, e os sentimentos são muitas vezes – na verdade, quase sempre – contra os ideais. Em nossa sociedade, esses sentimentos se agitam mais fortemente nas crianças. Mas as crianças logo são “corrigidas” por um sistema educacional que as força, como Lawrence aponta, na “consciência mental”. São forçadas a reprimir seus sentimentos heréticos e são alimentadas com o ideal. Em seu ensaio Democracia, Lawrence fala de como, nas sociedades democráticas modernas, o "homem médio" é exaltado acima de tudo: "Por favor, mantenha fora todas as necessidades espirituais e místicas”.
Imaginamos que vivemos numa época de ouro do progresso, mas Lawrence a rejeita como totalmente falso:
"Tudo é fingimento: jóias falsas, falsa elegância, charme falsificado, ternura falsa, paixão falsa, cultura falsificada, amor falsificado de Blake, ou de A Ponte de São Luis Rei, ou Picasso, ou a mais recente estrela de cinema. Tristezas simuladas e prazeres falsos, mágoas e gemidos falsos, êxtases falsos e, sob todos, uma dura constatação de que vivemos pelo dinheiro e por dinheiro apenas; e um terrível medo de um colapso nervoso iminente."
Nos olhos dos povos modernos, entretanto, é a própria natureza que parece falsa ou, pelo menos irreal. Lawrence acredita que na modernidade a natureza é essencialmente vista como matéria-prima a ser transformada em produtos do design humano. Heidegger argumenta que, no período moderno, como resultado do avanço e da proliferação da tecnologia, o ser do mundo natural revelou-se à humanidade de uma maneira que é muito diferente de como se revelou a nossos antepassados. Tornou-se para nós, a “reserva permanente” (Bestand). Heidegger escreve:
"A terra agora se revela como um distrito de mineração de carvão, o solo como um depósito de mineral. O campo que o camponês antigamente cultivava e ordenava aparece de forma diferente do que quando se preparava para cuidar e manter. O trabalho do camponês não desafia o solo do campo. Na semeadura do grão, ele coloca a semente na manutenção das forças do crescimento e vigia o seu aumento. Mas enquanto isso [no período moderno], mesmo o cultivo do campo veio sob domínio de outro tipo de colocação em ordem, que define a natureza. Ela se põe sobre ela no sentido de desafiá-la. A agricultura é agora a indústria de alimentos mecanizada. O ar é agora definido para produzir nitrogênio, a terra para produzir o minério, o minério para render o urânio, por exemplo. O urânio é ajustado para produzir a energia atômica, que pode ser liberada para a destruição ou para uso pacífico. (Martin Heidegger, A respeito da tecnologia – perguntas e outros ensaios)."
Para Lawrence, como para Heidegger, a guerra era, em última instância, apenas uma extensão inevitável da própria era industrial. Essencialmente, o objetivo do comunismo é fazer exatamente o que o capitalismo já realizou de uma maneira muito mais sinistra: tornar todos proletários. Os comunistas apenas procuraram apagar a distinção entre os ricos proletários e os que não têm. E isso nos traz de volta a Heidegger. Uma das afirmações mais notórias de Heidegger era que as sociedades capitalistas e comunistas eram "metafisicamente idênticas". Em Introdução à Metafísica, Heidegger afirma: "A Europa está nas garras entre a Rússia e a América, que são metafisicamente iguais, e sua relação com o espírito". Ambos são fundamentalmente materialistas em sua orientação: em ambos os sistemas sociais, as preocupações humanas não se elevam e não devem subir acima do nível do conforto material e da segurança. Ambos negam as necessidades mais elevadas do espírito humano: o comunismo explicitamente, o capitalismo implicitamente (e muito mais insidiosamente).
No mesmo sentido Lawrence escreve: “Para o vasto público, a manhã de outono é apenas uma espécie de cenário de palco contra o qual eles podem exibir sua própria importância mecânica”. Em seu ensaio Aristocracia, Lawrence fala em geral de como o homem moderno tem perdido a conexão com a natureza, e de como perdemos a conexão com “Amon (Amun-Ra, Rei dos Deuses), o grande carneiro” em particular. “Para você, ele é apenas carne de carneiro. Sua maravilhosa perspicácia relaciona você com ele só até aí. Mas, mais longe, ele é... bem, lã. “(Essa perspectiva prometiana da natureza – a perspectiva que vê a natureza como “reserva permanente” – é perfeitamente exemplificada no personagem de Gerald Crich no maior romance e Lawrence, Women in Love).
A natureza parece irreal para os modernos, porque ela é inacabada: ela espera por nós para colocar o nosso selo sobre ela; para “torná-la em algo”. Os objetos naturais sempre têm, portando, o status de meros potenciais: potenciais para serem transformados, melhorados, reutilizados ou reorganizados de alguma forma. Basicamente, isto é porque a consciência moderna é radicalmente orientada para o futuro. O passado, para os modernos, é algo que é fora do alcance, e está perdido. Somente o futuro importa, e o futuro promete levar adiante a marcha do progresso; para ser tornar limpo, rápido e inteligente. Tudo tem seu verdadeiro ser, portanto, no futuro. Tudo – incluindo nós mesmos – é sempre “o que tornar-se-á”. O ser das coisas é sempre promissor. Nada é no agora e no presente.
Ainda sobre a mecanização do mundo e do homem, Lawrence escreve:
"No mundo industrializado os objetos são tudo o que os seres humanos têm. O objetivo da própria vida torna-se a produção e aquisição de objetos. Isto, por si só, não pode, naturalmente, fornecer qualquer significado de "sentido na vida", e para preencher esse vazio introduzimos o idealismo e damos ao nosso materialismo um verniz moral: estamos fazendo Progresso, aliviando a fome e a doença – desejando e promovendo igualdade. E, em geral, aperfeiçoando-nos e ao mundo através do casamento da ciência e do comércio." Completa: "o problema industrial surge do principio de forçar toda a energia humana em uma competição de mera aquisição". Em outras palavras, as preocupações humanas são reduzidas ao consumo.
As pessoas modernas vivem em reação contra o passado, e em antecipação do futuro. O presente é descartado. Daí, a notória incapacidade das pessoas modernas para apreciar o que está vigente, ou para reconhecer quando basta. Lawrence escreve em um ensaio: “Por que as pessoas modernas quase invariavelmente ignoram as coisas que realmente estão presentes para eles?” Ele continua e fala de uma turista idosa que encontrou que deixou a Inglaterra “para ir em busca de montanhas, lagos e cerejeiras”, e pergunta: “por que ela não está contente em estar onde está? Para Lawrence, a verdadeira comunidade depende de laços de sangue compartilhados, história compartilhada e proximidade com o solo. Nas sociedades tradicionais, aristocráticas, as relações entre as classes nunca foram tão ruins quanto no capitalismo, pois todos os indivíduos sentiam um parentesco baseado na intuição de laços étnicos e culturais. Mas, no período moderno, nossa consciência desses laços foi destruída pelo que Lawrence chama no mesmo ensaio de "individualismo", pelo qual ele quer dizer algo como "atomização". As pessoas perderam o laço comum com a terra; eles esqueceram sua história e sua cultura popular. Eles existem em um estado de separação e desconfiança mútua. A industrialização e a escravidão assalariada exacerbaram esta condição, colocando em confronto as novas classes de patrões e trabalhadores, burguesia e proletariado. A exploração irresponsável da terra e dos seres humanos pelos negócios só é possível porque esses laços foram quebrados. Essa desagregação foi favorecida pela industrialização e pelo capitalismo, mas a causa mais profunda é o que vimos Lawrence denunciar como "idealismo": a tendência a viver de acordo com concepções mentais, ideais e grandes projetos, ao invés da nossa consciência de sangue “natural” e intuitiva.
A resposta de Lawrence a tudo isso não será surpreendente neste momento. Ele que, de alguma forma, quer que nós reconciliemo-nos com aqueles sentimentos impulsos e primitivos que a modernidade exige que suprimamos. A queda do Homem não teve a ver com sexo; ao contrário, Deus estava do lado do sexo. Quando Adão e Eva comeram o fruto proibido, eles se tornaram criaturas dos “centros superiores”, conscientes de si mesmo e autoconscientes. “Então os olhos de ambos foram abertos, e perceberam que estavam nus” (Gênesis 3:6). Nas palavras de Lawrence, a queda não surgiu “até que o homem se sentisse separado, como uma coisa à parte, fragmentária, inacabada”. Em algum lugar ao longo do caminho, chegamos a um ponto em que chegamos a ver nós mesmos sobre a terra, mas não dela. Em certo ponto Lawrence se refere às pessoas modernas como “parasitas no corpo da terra”.
Ele escreve em “A propos of Lady Chatterley’s Lover”
"Oh que catástrofe para o homem quando ele se isolou do ritmo do ano, do seu uníssono com o sol e a terra... Isso é o que está acontecendo conosco. Nós estamos sangrando nas raízes, porque estamos isolados da terra, do sol e das estrelas, e o amor é uma zombaria sorridente, porque, pobre flor, nós a arrancamos do seu tronco da Árvore da Vida e esperamos que ela continue florescendo em nosso vaso civilizado sobre a mesa."
Mas como exatamente devemos reconectar com nossos instintos primitivos e com a Terra? Este é o problema central para Lawrence, e seus escritos exploram ideais diferentes sobre como realizá-lo. É claro que uma abordagem pode ser puramente negativa ou crítica. Poderia consistir em uma crítica implacável de tudo o que é, e de tudo que somos até chegarmos ao que dentro de nós é “natural”. Esta é realmente uma das abordagens de Lawrence, e eu estou explorando-o neste ensaio. Consiste, em essência, em uma espécie de esvaziamento ou queima. É o alquímico Nigredo, em que algum material modesto (neste caso, nós) é queimado e purificado; preparado para a transformação em algo superior. A abordagem de Lawrence à modernidade é certamente destrutiva, mas não é puramente destrutiva.
Lawrence nos lembra Nietzsche, indo filosofar com o martelo. Sua atitude em Women in Love, parece, pelo menos na superfície, particularmente nietzschiana. Mas a posição de Lawrence parece evoluir ao longo do tempo em uma versão da nostalgia que Nietzsche rejeitou. É uma nostalgia por algo como a consciência do tipo “Master” que Nietzsche discutiu em A Genealogia da Moral. Às vezes Lawrence parece claramente ansiar por um retorno a algo como uma mentalidade pagã pré-moderna. Este elemento em sua composição torna-se mais acentuado ao longo do tempo, culminando em suas obras “Mexicanas”: The Plumed Serpent (1926) and Mornings in Mexico (1927).
No entanto, existe um grande problema com essa posição. A nossa capacidade de compreender e criticar a nossa própria história significa que avançamos além da posição dos nossos antepassados? Podemos ansiar voltar ao paganismo, mas perdemos a inocência pagã. E quanto mais acreditarmos ter entendido o paganismo, mais nós nos afastamos da vida de um pagão real. Em outras palavras, Nietzsche estava certo. No entanto, a alternativa nietzschiana, a criação literal de “novos valores” por um Übermensch é antinatural: é mais uma manifestação do deslocamento moderno da terra e do corpo. Os valores atuais estão mortos, mas Lawrence acredita que foram colocados sobre os nossos valores naturais suprimidos, que agora devem ser desenterrados. Mas como? E como podemos “retornar” enquanto preservarmos os valores (modernos) que ganhamos ao longo do tempo, mesmo que o futuro fosse rumo à degeneração? Acredito que essas perguntas cheguem ao cerne das preocupações de Lawrence sobre a modernidade, e encontra uma resposta para elas.

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