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Etnomasoquismo


O etnomasoquismo é uma das principais patologias sociais de nossa época. Segundo Guillaume Faye, etnomasoquismo é:

"A tendência a considerar com um senso de culpa e um senso de desvalor o próprio grupo étnico, o próprio povo. Etnomasoquismo é similar a sentir vergonha de si mesmo e ao auto-ódio. É uma psicopatologia coletiva, ativada por um longo esforço propagandístico com a finalidade de gerar um senso fundamental de culpa sentido por europeus [ou brancos, em geral] em relação a outros povos, dos quais eles são considerados os ‘opressores’. É necessário, portanto, se arrepender e ‘pagar a dívida’.

Implicitamente então, o termo pode ser ligado a uma forma de ‘auto-racismo’. Pode-se dizer que o homem europeu foi atingido por um pecado original, por uma mancha racial intrínseca: ele é culpado de ser o que é. O etnomasoquismo provoca a defesa sistemática do cross-breeding (‘miscigenação’) e do cosmopolitismo. Curiosamente, ele nega aos europeus [e brancos, em geral] a ideia de identidade étnica, mas a garante aos outros. Os europeus possuem o dever de se diluírem, mas outros povos, africanos por exemplo, não. O etnomasoquismo é o contrapeso da xenofilia (o amor e superestimação do estrangeiro, do ‘outro’). Está relacionado ao etnosuicídio."

Em resumo, o etnomasoquismo pode ser definido como um racismo contra sua própria etnia. Isso significa procurar formas de auto-degradação, implicar a si mesmo culpa, obrigação ou reparação para com os outros. Porém, por conta da crise identitária causada pela sociedade industrial de consumo e por desmantelamento das bases culturais tradicionais, outros povos apresentam sintomas da mesma doença que antes afetavam apenas aos europeus. Apresentaremos alguns exemplos ilustrativos, de forma a realizarmos estudos de caso a fim de entender como o etnomasoquismo aplica-se nas sociedades.

O Branco Escravagista O branco etnomasoquista enxerga a si mesmo e aos seus semelhantes como grande culpado e único perpetrador de um crime humanitário que ocorreu séculos atrás: a escravidão. Condena todos os brancos e europeus como se o regime escravista fosse aplicado durante a história apelas por eles, ignorando questões importantes:

  1. A escravidão é presente na história da humanidade desde a antiguidade, quando sociedades não só europeias, mas também africanas e asiáticas promoviam a escravidão.

  2. Quando os europeus tiveram contato com escravos africanos, estes já eram há muitos anos escravizados pelos próprios africanos, por conta de guerras tribais, bem como por escravagistas islâmicos. Além disso, a escravidão na Era Moderna não foi exclusiva na rota do Atlântico. O Tráfico Árabe de Escravos durou mais de mil anos, tendo origem na Idade Média e encerrando apenas na Idade Contemporânea. Estima-se que a quantidade de subsaarianos escravizados tenha sido pelo menos o dobro de que o número da escravidão atlântica, totalizando 20 milhões. Além disso, as condições de sobrevivência eram imensamente inferiores e os escravos homens eram castrados. Além de escravos africanos, os árabes escravizaram também europeus.

  3. Estima-se que o Tráfico de Escravos Bérbere tenha escravizado ao menos 1,5 milhões de brancos que habitavam na costa do Mar Mediterrâneo.

  4. A escravidão era uma atividade realizada apenas por uma minúscula parcela comerciante, posteriormente apoiada pelos governos europeus. A escravidão era uma atividade exercida por uma parcela extremamente pequena da sociedade europeia da época.

  5. Os europeus foram os primeiros a promoverem a abolição da escravatura.

  6. Por último, o termo escravo etimologicamente deriva de "eslavo", que tem ligação com o comércio de escravos eslavos durante a Idade Média. Isso por si só nega exclusividade de uma vítima na escravidão.

Levando isso em conta, fica claro o desconhecimento histórico do etnomasoquista que acredita que os brancos, inclusive ele, possuem uma dívida para com outros povos. É grandemente provável, também, que este mesmo etnomasoquista não tenha nenhum ancestral envolvido na atividade escravista, assim como a maioria dos europeus comuns.

O Branco Negacionista

O Branco Negacionista é um exemplo simples: ele afirma que brancos não possuem identidade, nem cultura, negando tudo aquilo que foi produzido pelos europeus. Ele, juntamente com o Branco Escravista, são cegos aos feitos europeus que contribuíram imensamente para toda a humanidade, com avanços e desenvolvimentos extremamente importantes na área da filosofia, ciência, tecnologia, artes, política, entre tantas outras. O Branco Negacionista, por ser uma pessoa geralmente materialista e ligada apenas aos acontecimentos mais recentes da sociedade industrial, não consegue realizar uma perspectiva de passado e nem enxergar tudo aquilo que está em sua volta, visto que as cidades europeias são extremamente belas e ricas em arquitetura.

A Síntese: o Etnosuicida

Quando esses dois elementos supracitados acima incorporam o mesmo indivíduo, o europeu etnomasoquista enxerga para si mesmo e para o povo a qual pertence apenas uma solução: a extinção. Se os brancos são culpados por grandes atrocidades e são inférteis sem produção cultural e intelectual alguma, o que deve acontecer é o desaparecimento dessa etnia, como uma forma de penitência e redenção dos pecados, oferecendo aos outros povos vítimas dos europeus a paz eterna. Dessa forma, o etnosuicida é favorável a políticas de substituição populacional através da abertura total das fronteiras e defende a entrada indiscriminada de todos os povos do globo no continente europeu, para que os europeus e a Europa por eles construída desapareça de vez. - O Negro Onipresente Existe dentro de círculos pan-africanos uma confusão identitária exacerbada. É imprescindível que todas as culturas resgatem e abracem sua própria identidade e fortaleçam a si mesmo em sua fundação como Povo. A sociedade industrial e o multiculturalismo globalista visa destruir toda e qualquer diferenciação étnica, criando indivíduos desarraigados e facilmente suscetíveis a qualquer forma de domínio. Conforme definido por Markus Willinger, no capítulo "Do Etno-pluralismo" do livro Geração Identitária: uma declaração de guerra contra os 68tistas, desde os primórdios da História:

"A humanidade tem sido composta por inúmeras culturas, povos e tribos. Cada uma tendo desenvolvido sua própria maneira devida e um modo único de ver o mundo.Os nativos americanos buscam unidade com a natureza. Os japoneses consideram a honra seu maior valor; o avanço em direção à liberdade marca os europeus. Quem iria querer forçar todos esses povos e ambientes culturais em um caldeirão? Quem poderia negar que eles diferem fundamentalmente e que estas diferenças são boas?"

Portanto, é necessário que os negros busquem resistência em sua identidade. Porém, há um erro crasso cometido ao longo do caminho, que são:

  1. A tentativa de nomear como de origem negra outros povos que possuem origem em outra etnia. O maior exemplo disso é a questão da origem negra do Egito. Para alguns, a mera localização geográfica já compõe um argumento favorável a isso: Egito fica na África > A maioria da África é negra > Logo o Egito é negro. Porém isso é non sequitur. O Norte da África é composto por diversas etnias que não possuem origem negra, mas sim hamitas, semitas e entre outras. Existiu sim uma dinastia negra que governou o Egito durante aproximadamente um século, quando os Núbios conquistaram as terras egípcias e ali estabeleceram seu domínio. Porém isso ocorreu em um momento em que o Egito estava em declínio e o período de governo cuxita não é o suficiente para determinar os outros demais 3000 anos de civilização egípcia. Estudos de DNA realizados em múmia atestam, em verdade, maior proximidade genética com populações caucasianas do que negras. Havia sim um grande fluxo de etnias diferentes no Egito, porém a população governante permaneceu homogênea durante milênios, bem como a população comum era composta principalmente por etnias norte-africanas.

  2. Outra invenção histórica é a tentativa de inserir os negros dentro da história de outros continentes, como a afirmação de que haviam romanos negros, celtas negros, germânicos negros e entre outros. Ainda que, por mera suposição - visto que não há nenhum documento histórico que comprove isso -, tenha existido algum negro inserido nesses povos, não é o suficiente para reivindicar esses povos para si e tentar afirmar sua identidade a partir disso.

Por que isso implica em etnomasoquismo? Essa tentativa de tornar o negro onipresente, inserindo-o em diversas culturas ao redor do mundo, esconde um sentimento auto-depreciativo. Por parte dos negros: ignoram sociedades e reinos legitimamente africanos, com alta importância histórica, tentando inserir-se e conquistar espaço na cultura de outros povos que, na visão deles, são mais relevantes. Assim, quando um negro quer provar que os gregos eram negros, ele está delegando mais relevância à cultura grega do que à cultura zulu, por exemplo. Ao invés de procurar firmar sua identidade em um povo africano, tenta fazer isso em um povo que não partilha de sua mesma origem. Por parte dos brancos: se é possível afirmar que existiam negros nos povos germânicos antigos, é então inteiramente aceitável que os negros vão para a Alemanha, Áustria e outros países germânicos, e conquistem seu lugar legítimo de germânicos. Afinal de contas, estão lá desde a origem, portanto são herdeiros daquela terra. Assim, os refugiados africanos são bem-vindos a tomar seu lugar de direito histórico e passem desfrutar de plenos direitos de cidadão. Desta forma, o negro onipresente em diversas culturas cria uma falsa sensação de pertencimento identitário, sustentado em falácias históricas, que fundamentam discurso e argumentos em prol de uma política multicultural e de integração. Os negros são censurados de sua história legítima, enganados e manipulados a acreditar em uma origem inexistente, desprezando sua origem primordial, esquecendo-a e deixando-a em segundo plano. O branco engana-se de igual forma, não admitindo sua exclusividade identitária dos povos europeus, generalizando a origem de seu continente e permitindo a participação de todos os povos na construção de sua história. Ambos são auto-depreciativos e prejudicam sua própria cultura. - O Problema: Universalismo O universalismo é uma condição exclusiva europeia. Segundo os universalistas e globalistas, a Europa é um continente de todos e para todos. Porém, os demais continentes podem manter sua identidade e formação étnica intacta. Apenas a Europa deve modificar suas bases milenares e aceitar o multiculturalismo. Assim, o universalista implica que o europeu deve abrir mão de sua própria herança para que ele possa redimir a história de seus antepassados e finalmente remover as injustiças cometidas por seu povo. O universalista quer que todos sejam etnomasoquistas e abdiquem de sua etnia, para aceitar o novo mundo livre de fronteiras. A Solução: Etnopluralismo O etnopluralismo é a ideia de que todos os povos são singulares e possuem uma cultura única que os distinguem como sociedade. O europeu possui uma identidade própria, assim como o asiático, o africano, o americano, o oceânico. Mais profundamente, dentro dos próprios continentes existem diferenças que tornam a identidade de um povo ainda mais singulares. Um sueco é diferente de um grego, um chinês é distinto de um japonês. São essas diferenças que compõem a verdadeira riqueza de um mundo plural e diverso em culturas. O etnopluralismo contrapõe diretamente a visão multicultural de que os povos devem coexistir num mesmo espaço - o que por fim implica na dissolução das singularidades que fundamenta a verdadeira diversidade. Sendo assim, o etnopluralismo se sustenta em uma máxima: o orgulho. Os povos devem se orgulhar daquilo que os torna singular. Devem admirar o feito de seus antepassados e sua história, respeitando o sacrifício e as lutas que tornaram possível o desenvolvimento de sua civilização. Dessa forma, o etnomasoquismo da lugar a apreciação de sua identidade, ao mesmo tempo que a visão etnopluralista promove a preservação das diversas culturas.

 

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