Nós temos que voltar
- Bertram Schweickert
- 31 de dez. de 2018
- 1 min de leitura
Existe em nosso âmago um sentimento de nostalgia. Curiosamente, é nostalgia de algo que não vivemos. “Tão forte é a Tradição que as gerações futuras sonharão com aquilo que elas nunca viram”, diz nos G. K. Chesterton, e é verdade. Não vimos com nossos próprios olhos, no presente, apenas através de fotos, documentos, filmes e outros monumentos do passado. Não foi permitido a nós testemunhar o que o mundo antes fora. Temos dentro de nós uma aversão ao progresso. Não porque a progressão é ruim, mas porque ela tomou um caminho perverso.
“A palavra "moderno" não tem mais um prestígio automático, exceto entre os tolos.” - Nicolás Gómez Dávila.
Case a palavra "moderno" com outras, como arte (moderna), família (moderna), relacionamento (moderno), cultura (moderna), educação (moderna) e imediatamente todas elas se tornam negativas. Podemos imaginar o progresso como uma encruzilhada e o caminho tomado foi o mais negativo possível. Essa decadência, apesar de suas bases intelectuais já existirem há algum tempo, vem tomando força apenas a partir das últimas décadas do século XX. Nosso mundo hoje vive em constante estado de frenesi e as alterações ocorrem de forma extremamente rápida. Ainda mais se o objetivo é a desordem.
“Coisas boas são facilmente destruídas, mas não são facilmente criadas.” - Sir Roger Scruton
Nós queremos voltar, nós temos que voltar. Certamente que não há possibilidade de voltarmos a tempos passados, porém podemos resgatar aquilo que era belo e rico e transformar nosso presente e nosso futuro em algo digno novamente.

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