George Soros: O Inimigo do Ocidente
- Traduzido por Bertram Schweickert
- 9 de jan. de 2017
- 8 min de leitura
Escrito por: https://www.righton.net/2016/04/11/george-soros-enemy-of-europe/ O mundialmente famoso "filantropo" George Soros é, há anos, uma das figuras políticas mais problemáticas da política global. Na mídia da Europa Ocidental, ele é muitas vezes retratado como um rico e bem-intencionado formador de opinião pública com tendências esquerdistas que trabalha com várias Organizações Não-Governamentais (ONGs) para tornar o mundo um lugar melhor.
Mesmo uma visão superficial das últimas décadas da carreira de George Soros mostra que esse quadro é em grande parte falso, e que Soros é um excelente exemplo de como interesses privados e das elites anulam - ou tentam ignorar - a soberania nacional e as liberdades dos estados e indivíduos. Este artigo é uma tentativa de oferecer uma visão geral. Enquanto Soros e seus diversos esforços, obviamente, empenham-se de formas bastante incontestáveis de caridade ou trabalho anti-corrupção, o foco deste artigo será sobre o outro (e muito mais importante) aspecto de suas atividades.
A guerra cambial e Open Society Foundations
Um dos poucos casos em que Soros foi criticado abertamente no Ocidente está em conexão com suas guerras cambiais. Ele admite ter desvalorizado a libra britânica em uma guerra cambial contra o Banco da Inglaterra, e fez um bilhão de dólares no processo. Os perdedores, neste caso, eram os contribuintes (pagadores de impostos) britânicos.[1] Soros fez o mesmo no caso da Suécia, degradando a coroa sueca em uma batalha similar com o Banco Central Sueco, novamente às custas do público.[2]
Soros não está sozinho em ser impulsionado pelo egoísmo econômico e pelo que a esquerda teria chamado de agressiva agenda econômica neoliberal. Sua marca particular de "filantropia", no entanto, é um animal um pouco mais raro. Através de suas Open Society Foundations (OSF), Soros está presente em 41 países. Os vários ramos da Open Society Foundations empregam, no total, 1.800 trabalhadores e estima-se que gastaram mais de 13 bilhões de dólares desde o início da Fundação em 1993.[3]
Em 2015, Transparify - uma ONG que monitora outras ONGs - considerou a Open Society a ONG menos transparente e aberta em todo o Estados Unidos.[4] Nesse mesmo ano, a Open Society foi banida na Rússia.
OSF e Soros financiaram os protestos em Ferguson, no Missouri, com pelo menos 33 milhões de dólares[6], aparentemente despreocupados com o fato de que estes protestos geraram grandes tumultos raciais e pioraram gravemente as relações raciais americanas, reduzindo uma questão complexa ao fetichismo revolucionário e a uma questão de "Justiça Social". Soros também financia o MoveOn.org, um site e organização norte-americana que organizou protestos agressivos e às vezes violentos contra os comícios de campanha de Donald Trump.[7]
Para uma pessoa e uma instituição supostamente preocupados com a propagação da democracia constitucional e do liberalismo de livre mercado, Soros e as Open Society Foundations americanas são notavelmente apaixonados pela oclocracia (governo de multidões violentas), pelo populismo e pela militância de extrema-esquerda. Na Suécia, Soros foi tão longe que chegou a financiar um "relatório de pesquisa" discutir maneiras de obrigar os europeus da classe trabalhadora a aceitar multiculturalismo, que foi escrito pelo notório anarquista auto-declarado sueco-coreano, Tobias Hübinette.[8] Hübinette é conhecido não só por seu registro criminal substancial, mas também por vários ataques radicais anti-europeus, sendo a mais famosa esta canção de amor: "Que o Mundo Ocidental da Raça Branca pereça em sangue e sofrimento. Viva a sociedade ecológica multicultural, racialmente mista e sem classes!"
Soros também gasta muito dinheiro em esforços menos diretos para controlar o discurso público na Europa. Índices anuais como o Índice Mundial de Liberdade de Imprensa [10] e o Índice de Percepção de Corrupção [11] são financiados por Soros através da Open Society Foundations. Esses índices têm uma coisa em comum: os governos que as elites liberais de esquerda ocidentais não aprovam recebem pontuações muito baixas e, portanto, são retratados como autoritários na mídia ocidental e sem nenhuma perspectiva crítica. Eles também compartilham o recurso bizarro que seu processo de seleção e dados brutos não são tornados públicos e, portanto, são impossíveis de verificar. Ainda assim, suas afirmações são rotineiramente citadas para justificar ataques a nações como a Hungria. Qualquer pessoa que compare os fatos midiáticos da Hungria e da Suécia teria dificuldades em argumentar que os meios de comunicação húngaros são mais "livres" do que os da Suécia. O número de húngaros que podem contrapor as notícias dos pontos de vista de Soros e seus jornais liberais de extrema esquerda comparando a outros jornais húngaros mais conservadores é muito maior do que o número de suecos que apenas possuem notícias reescritas tiradas da CNN e The Economist.
A Crise Migratória
Enquanto o esquerdismo de Soros pode ser visto como nada mais do que um ponto de vista entre outros; e suas manipulações financeiras insensíveis como parte natural do sistema econômico atual, suas atividades relacionadas à chamada "crise migratória" foram completamente nefastas. Em setembro de 2015, Soros escreveu um artigo de opinião que afirma absurdamente que a Europa tem a "obrigação" de receber pelo menos um milhão de migrantes por ano. [12] O artigo foi publicado através do Project Syndicate, criação de Soros, projeto dedicado à divulgação de artigos de opinião composto por membros de panelinhas da elite, todos formadores de opinião que contribuem frequentemente com publicações. Os artigos de opinião escritos no projeto são recolhidos por mais de 500 grandes meios de comunicação associados e publicados em todo o mundo, que republicam os artigos em suas próprias línguas. Através do Project Syndicate, outro artigo de opinião [13] chegou às páginas editoriais de, entre outros, The Guardian no Reino Unido e Dagens Nyheter na Suécia. Nele, Soros exigiu que os pagadores de impostos europeus pagassem pelo menos 120 bilhões de euros para facilitar o aumento da imigração para a Europa. A própria sugestão pode parecer perturbada, mas alguns dias depois da publicação do artigo, a União Europeia anunciou que distribuiria o equivalente a dois milhões de salários médios macedônios em dinheiro para os imigrantes ilegais que estão atualmente à espera ao longo das fronteiras da Macedônia. [14]
Enquanto as opiniões de Soros possuem muito peso no Norte da Europa, bem como entre a liderança da UE, seu comportamento tem encontrado alguma resistência em outros lugares. Depois que foi revelado que as ONGs de Soros distribuíram manuais aos migrantes nos Bálcãs [15], que ofereciam conselhos sobre como poderiam entrar ilegalmente na Europa durante a crise migratória de 2015, Soros foi condenado pelo governo húngaro, que o acusou de tentar abrir as fronteiras da Hungria, em contradição direta com a vontade do povo húngaro. [16] Além disso, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, condenou o envolvimento de Soros na crise migratória como "traição" .[17] Revoluções coloridas
Mais para o leste, as atividades de Soros assumem características ainda mais sinistras. Na Ucrânia, as suas ONG contribuíram substancialmente para as chamadas "revoluções coloridas" de 2004 e 2014 e, consequentemente, para uma instabilidade política que reduziu o país a um Estado em falência. O último dos dois levantes levaram a um golpe de estado e uma guerra civil prolongada que pode muito bem terminar em uma Ucrânia permanentemente dividida. Os e-mails vazados mostraram que Soros deu ordens diretas ao novo governo ucraniano. [18]
Além disso, Soros elaborou um "plano de desenvolvimento" econômico [19] que foi bem recebido pelo governo ucraniano e "ofereceu-se" para investir muito dinheiro na Ucrânia com a condição de que contribuintes (pagadores de impostos) europeus contribuam com subsídios financeiros maciços. [20] Até agora, a corrupção e os abusos de poder que supostamente provocaram o Maidan persistem na vida pública ucraniana, possivelmente porque as razões que incitaram os ucranianos a tomar as ruas em protesto não foram as mesmas razões que estavam dirigindo Soros e os seus aliados que tomaram posse do governo pós-revolucionário.
Em outras partes do leste e centro da Europa, também encontramos Soros e a Open Society Foundations provocando agitações e aumentando o risco de uma guerra total. Eles estavam abertamente envolvidos na Revolução das Rosas, na Geórgia, em 2003, [21] assim como financiaram a "Revolução Bulldozer" de 2000. [22]
Na Hungria, a Universidade Centro-Europeia (UCE) financiada por Soros, em Budapeste, tem funcionado como um centro para a disseminação da ideologia pós-marxista em toda a Europa Central e Oriental durante um quarto de século. Entre outras coisas, a UCE patrocina "pesquisas" [23] em assuntos internacionalistas, estudos de gênero, estudos de 'direitos das minorias', e assim por diante. Embora o currículo da Universidade tenha um escopo muito estreito de cursos, é no entanto uma das instituições educacionais mais ricas da Europa, graças ao financiamento de Soros [24]. O presidente e reitor da UCE John Shattuck, [25] escreveu várias colunas de opinião para, entre outros, The Boston Globe e o Financial Times. Shattuck expressou duras críticas à política migratória da Hungria, alegando que "as pessoas que fogem para a Europa dos países devastados pela guerra não são migrantes que procuram vantagens econômicas, mas refugiados da violência e da repressão", e que na Hungria e em outros países da UE, a legislação anti-imigrante criou novas barreiras ao asilo político. Alega que a retórica da Direita-política desumaniza os requerentes de asilo, que funcionários de segurança enfrentam refugiados em uma atmosfera explosiva, provocada por gangues "anti-imigrantes". Shattuck elogiou os voluntários, entre eles os estudantes de sua Universidade que estavam "ajudando grupos, como o Migration Aid, a fornecer aos refugiados encalhados comida, roupas, abrigo, informações e, talvez mais importante, "compaixão".[26] Migration Aid, que começou como um grupo de Facebook, foi acusado pelo partido governista húngaro, Fidesz, de receber "apoio generoso" de George Soros.[27] Um dos membros do conselho da Migration Aid, Zsuzsanna Zsohár, negou mais tarde esta alegação, afirmando que suas transações financeiras são todas uma questão de registro público.[28] Um dos fundadores da Migration Aid disse ao jornal húngaro Magyar Hírlap que as alegações sobre o financiamento de Soros são "mentiras", mas a UCE, no entanto, lhes permitiu usar um de seus auditórios como uma instalação de armazenamento. [29]
O envolvimento de Soros e da Open Society Foundations nas iniciativas dos meios de comunicação socialistas e esquerdistas húngaros é também suficientemente conhecido, sendo desnecessário qualquer elaboração aqui. [30]
Se nós nos movêssemos mais para o sul, para o Oriente Médio, ou simplesmente mais atrás no tempo, este catálogo poderia continuar para sempre. E enquanto Soros pode pensar - ou fingir pensar - que ele é motivado por algum princípio idealista particular ou humanista, para o observador cético é óbvio que sua guerra individual contra um mundo heterogêneo de inimigos e princípios resulta em nada mais que sofrimento inútil e decadência social.
Contra-atacando Soros e seus subordinados
Na medida em que Soros e as suas diversas iniciativas financiam e apoiam movimentos militantes subversivos, ele dificilmente será surpreendido com medidas contrárias dos governos, visto que raramente irão condenar suas atividades, que são ou que deveriam ser consideradas criminosas. Enquanto suas atividades subversivas permanecerem dentro dos limites da lei e dos princípios da liberdade de expressão, o modo de como enfrentá-las é muito mais complexo. O primeiro passo é deixar claro para o público europeu o que a Open Society Foundations e Soros estão fazendo; como e por que estão fazendo isso; para que suas tentativas de estabelecer utopias destrutivas como consenso político ou como senso comum na mente das massas possam ser combatidas através de argumentos bem fundamentados.
Há um provérbio sueco que diz que os trolls, criaturas desagradáveis do folclore nórdico, se transformam em pedra quando expostos à luz solar. Espero sinceramente que o mesmo aconteça com as organizações que praticam a traição em escala continental.

Notas
http://www.investopedia.com/ask/answers/08/george-soros-bank-of-england.asp
http://www.washingtontimes.com/news/2015/jan/14/george-soros-funds-ferguson-protests-hopes-to-spur/
http://www.infowars.com/soros-funded-moveon-org-takes-credit-for-violence-in-chicago/
The Swedish magazine Svartvitt, January 1996
http://www.transparency.org/policy_research/surveys_indices/cpi
http://www.project-syndicate.org/print/rebuilding-refugee-asylum-system-by-george-soros-2015-09
http://dailynewshungary.com/fidesz-soros-supports-unbridled-illegal-migration/
http://www.mintpressnews.com/leaked-george-soros-puppet-master-behind-ukrainian-regime/206574/
http://gulagbound.com/12652/top-5-revolutions-backed-by-george-soros/
http://chronicle.com/article/For-President-of-Central/65338/
http://hvg.hu/itthon/20160111_A_Fidesz_a_sajto_segitseget_keri_a_Migrat
http://magyarhirlap.hu/cikk/38275/Egy_maganszemely_szamlajara_gyujt__penzt_a_Migration_Aid
Este website húngaro, que atua como um cão de guarda no jornalismo investigativo, admite abertamente ser parcialmente financiado pelo Open Society Institute (OSI) de Soros: http://atlatszo.hu/impresszum/tamogatok/. Este artigo em húngaro afirma que um dos fundos de investimento de Soros eram co-proprietários de Magyar Narancs, um dos semanários liberais húngaros, e ressalta que o site liberal 444.hu ganhou um prêmio da OSI e que a OSI concedeu um subsídio financeiro a ONG húngara de tendências liberais e esquerdistas de jornalismo Atlatszo.hu: http://www.mmonline.hu/cikk/soros_is_vinne_az_origot Muitos outros exemplos poderiam ser dados.
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