Sem conversa.
- Ricardo W.
- 5 de ago. de 2017
- 3 min de leitura
Numa era onde os debates e discursos são feitos sob as guias do eufemismo e da moderação, então não há justiça, pois não há verdade. A verdade não é mais trazida à luz, uma vez que se tem medo das consequências que isso pode acarretar na vida social. Foi assim que se distorceu e apagou-se os fatos, dando lugar a aquilo que é tudo, menos o real. Desta forma, não se faz mais nada, pois nada pode ser feito, aceitou-se o que é errado e abominável. “Pode-se cometer crimes, pois o autor é uma vítima social”; “Você não precisa ter um corpo saudável, pois é seu jeito ser assim”; “Você mostrou dados e fatos mostrando que tal grupo é violento? Preconceituoso!” - É assim que as discussões são feitas hoje, não há mais lógica, mas um (in)culto ao mundo de fadas. Não pode-se tomar ações efetivas, pois pode ofender a subjetividade de alguém. Em vez de se discutir problemas reais, se fala sobre “temas polêmicos”, unicamente pelo fato de serem “polêmicos”. Nos círculos políticos de hoje, todos os grupos caíram e se ajoelharam diante dos dogmas de pós-estruturalismo – um debate democrático, um debate aberto, um debate tolerante. Até mesmo os conservadores caíram no conto da liberdade de expressão, pois tudo aquilo que vai contra esses valores tomados como absolutos é rotulado como "discurso de ódio". E assim, os pós-modernos e esquerdistas ganham todos os debates antes mesmo deles terem começado, pois eles ditam as regras. Até os formadores acadêmicos seguem esses dogmas, reproduzindo-os geração pós geração. Mas para estes dogmas respondemos: não existe nenhum diálogo mais admissível que o diálogo do combate quando se ofende a justiça ou o povo. Não nos silenciaremos diante de injustiças. Não devemos e nem somos tolerantes com a mentira e o mentiroso. Nunca vamos tolerar o ruim, o feio, o mau, por conta de um princípio abstrato que é a liberdade – sendo esta na verdade um meio, não um princípio, pois quem quer liberdade, quer para se alcançar algo. Nós queremos chegar naquilo que é bonito, naquilo que é ideal. Queremos organização, coesão, glória! Sim, somos ambiciosos, pois só estes chegam ao topo. Nada vai tirar o que está em seu lugar e nada vai negociar, quando não há o que negociar. Pouco vai mudar nos implorar, pois não se haverá palavras. São nossas raízes, nossa terra, nosso lar! Você, inimigo da integridade, não tem espaço aqui. Não ligamos nem para sua opinião, nem para suas propostas. Não queremos debater sobre seus contos de fadas, sobre suas problematizações e desconstruções. Não somos abertos a estes tipos de debates, pois ele é cercado por abstrações sem sentido. Eles não levam a nada mais do que promessas vazias de um bando de hipócritas. Vocês querem destruir aquilo que com muito esforço foi erguido, pelos simples fetiche da destruição. Queremos fortemente que o Sul recupere o sentido universal para sua cultura e para sua história. É isso que queremos! Queremos justiça em um mundo cercado pela injustiça; Queremos beleza em um mundo cercado de caos; Ordem em um mundo em desordem. É isso que queremos. Acreditemos nessa bandeira que está a ser levantada e a defenderemos aos punhos se for preciso. Não será sob conversas democráticas que elevaremos os povos, mas pelas ações de homens capazes, como os de outrora.

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