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Você não odeia trabalhar. Você odeia o capitalismo.


A crítica a seguir não leva em conta uma perspectiva marxista sobre o capitalismo. Falaremos aqui apenas sobre a finalidade do trabalho dentro do sistema capitalista e o que o trabalho significa para o homem. Um dos indicadores de felicidade para o homem (no sentido masculino do termo) é a sua honra. O verdadeiro significado de honra não é boa conduta como comumente é pensado, mas é o respeito e a reputação que um homem conquista em uma sociedade ou grupo. Portanto, até um fora da lei pode ser honroso, visto que terá reputação e respeito dentro de seu grupo de criminosos. A honra é conquistada a partir dos atos e feitos do homem. Ele será conhecido pelas suas ações, visto que o nome de alguém vem antes que a própria pessoa. Os homens possuem necessidade de serem reconhecidos pelo seu nome, de serem renomados, e isso está relacionado intimamente ao seu trabalho. O que isso tem a ver com o capitalismo? O sistema capitalista é baseado no individualismo. Sendo assim, as relações sociais são cada vez mais estreitas e os homens levam uma vida mais solitária. Por conta disso as oportunidades da criação de grupos e tribos onde os homens podem conquistar respeito são limitadas. Além disso, o capitalismo é massificador. Dificilmente alguém consegue conquistar alguma singularidade dentro desse sistema, visto que ele força a mecanização e a padronização do indivíduo. Assim os homens são apenas uma peça dentro de uma grande máquina, sem oportunidade para destaque ou emancipação. Não há nada de grandioso para realizar. Portanto, o trabalho possui apenas o objetivo de acumulação material e sobrevivência, não visando a grandiosidade dos atos. "Eu vejo todo esse potencial desperdiçado. Uma geração inteira enchendo tanques de gasolina, servindo mesas, escravos com colarinho branco. A propaganda nos faz comprar carros e roupas, trabalhar em empregos que odiamos para comprar coisas que não precisamos. Somos uma geração sem peso na história. Sem propósito ou lugar. Nós não temos uma Guerra Mundial. Nem uma Grande Depressão. Nossa Guerra Mundial é a guerra espiritual… nossa Grande Depressão é nossas vidas. Todos nós fomos criados vendo televisão para acreditar que um dia seríamos milionários, e estrelas de cinema, e estrelas do rock. Mas nós não somos. E estamos aos poucos tomando consciência disso. E nós estamos muito, muito revoltados." - Clube da Luta O homem trabalharia de bom grado em nome de uma sociedade em que o valor de seus atos fosse reconhecido. O trabalho lhe traria honra, respeito e reputação. O trabalho para a Nação, para o seu povo e para o bem comum não é pago com valor monetário, porém é recompensado com uma gratificação constante por estar trabalhando em prol do bem comum. Como Dominique Venner nos diz sobre o trabalho: "Este tem por único fim “fazer dinheiro”, como se pensa em todo o Atlântico. Porém podemos pensar o contrário, assegurando uma justa retribuição – a realização pessoal de um trabalho bem feito, mesmo em tarefas aparentemente triviais como a manutenção do lar. Esta ideia estimulou nossos antepassados a criar beleza em seus humildes e mais elevados esforços." Sendo assim, o trabalho para a conquista da honra não precisa ser exuberante e magnífico, precisa apenas ser útil. A simplicidade garante a eficiência. O trabalho realizado na sociedade capitalista não é útil. Ele apenas visa o enriquecimento material do trabalhador e, em maior proporção, do proprietário. Para que o trabalho seja útil ele precisa ter valor sentimental e espiritual, em prol da sociedade e Nação como um todo.

 

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